O título original era pra ser "Coca não tem glúten", mas achei que a Nutella causaria menos polêmica, haha Aí depois de de 3 meses sem postar (nossa, que vergonha), você me aparece com esse título nada a ver? Hein?? Bom, senta que lá vem história.
Há alguns anos (tipo, SÓ uns 9...) eu sofro com muitas dores de estômago. Já fui em vários médicos e sempre alegavam que minhas dores eram por causa da gastrite. E eu sabia que não era só isso, pois cada vez piorava mais, inclusive com problemas intestinais cada vez ficando mais fortes. Me diagnosticaram com várias coisas, síndrome do intestino irritável (que é basicamente o que te dizem quando não sabem o que você tem), com hérnia de hiato, com esofagite, mas nenhum diagnóstico, exame ou tratamento davam resultado. Como na gravidez da Melissa eu melhorei, (o que é bem normal para várias doenças), eu meio que deixei de lado, e como logo depois que parei de amamentar, voltei a engravidar, cheguei a ir atrás, mas quando descobri que estava grávida de novo não dei muita bola para os meus sintomas, uma, porque não ía poder tomar muito remédio mesmo, e outra porque como na primeira vez, os sintomas ficaram bem mais amenos. Mas aí depois que o Dani nasceu, o bicho pegou, fiquei pior do que nunca, com dores constantes e cada vez piores. Aí resolvi que ía dar um basta nisso.
Pela infinita misericórdia do bom Pai Celestial (nada dramática), eu finalmente achei um bom médico que pediu os exames certos. Eu já estava tão mal que estava esperando mais ou menos um câncer ou algo do tipo (já disse, nada dramática). Aí depois de uns exames BEM legais ( inclua tom sarcástico, por favor), chegou o resultado: intolerância a glúten. GLÚTEN?? Daquele que tem em todas as coisas boas?? É, bem esse. Eu já tinha meio que entendido isto dos exames, aí quando o médico confirmou, eu simplesmente virei "Mas TUDO tem glúten!", ao que ele respondeu "Não, só o que é gostoso...". Ah, valeu.
Então, aquele dia saí do consultório feliz e triste. Feliz porque finalmente descobriram o que há de errado comigo, e também por eu não ser celíaca (que é intolerância 100%, tipo, nem usar a mesma faca que usaram pra cortar pão). E também porque não era algo que requer medicamento de uso contínuo ou cirurgia, por exemplo. Mas nem preciso explicar porque saí triste né. Na hora eu até estava assimilando, aí quando cheguei em casa e contei pro Hugo, fiquei chorando um tempão, haha Vamos levar em conta que isso foi no sábado antes do Natal, e tudo que eu pensava eram nas ceias e sobremesas, haha
Bom, já assimilei o assunto e estou mais tranquila. Não 100%, mas normal, né. Como você ficaria se soubesse que para o resto da sua vida não vai mais poder comer pão, sanduíche, bolacha, bolo, chocolate, pizza, lasanha, macarrão, calzone, pastel, qualquer coisa que tenha farinha, aveia, cevada, a menos que seja de um jeito diferente (que custa beeem mais caro, diga-se de passagem)?? Eu sei, eu sei, não posso reclamar, como é intolerância, ainda vou poder comer um pouquinho, mas é POUQUINHO mesmo. Como é meio que uma reação alérgica, às vezes, só um pouquinho já é suficiente pra desencadear as dores e tudo o mais. E também, se não levar a dieta a sério, cada vez mais meu intestino fica inflamado, e absorvo menos nutrientes, podendo ficar desnutrida, com anemia, osteoporose, câncer e coisas legais do tipo.
Como faz anos que passo mal sem saber o porquê, agora que sei qual é meu "inimigo", como disse meu médico, tenho que me cuidar pra poder melhorar. Então de começo, vou ter que cortar 100% pra aí depois poder introduzir um pouquinho de glúten de vez em quando. (Li umas pesquisas que depois de cortar 100%, leva mais ou menos uns 2 anos para o meu intestino voltar ao normal...2 anos, yay.SQN.) Como só consegui consulta com a nutricionista diz 15/01, até lá resolvi me dar uma "despedida", o que já me fez ganhar uns 5 kg eu acho, porque eu fico "ahhh, já que não vou poder comer isso depois, vou comer um MONTE agora", hahaha
Ah, sem contar no desespero/alegria quando vejo as coisas que não tem glúten. Fico mega feliz quando leio um rótulo e vejo que não tem, "uhhhuuul", e a tristeza quando vejo que tem... Ah, além do que cheguei a conclusão que é doença pra rico né. As coisas sem glúten são um absurdo. Muito mais caras que o normal. Tem chocolate sem glúten. Kinder ovo, Toblerone, Kopenhagen (fala sério, são aqueles que você compra todo dia, né!) hahaha Mas muitas alegrias são ao descobrir "Nutella não tem glúten!Yaaay!". Nem Chandelle, nem Coca. HA!
Na verdade o mais difícil vai ser a adaptação, saber o que poder comer, pelo que substituir, onde encontrar, como não surtar, nem ir a falência pra poder comer, haha Mas estou mais otimista, sério, (pã).
Depois do dia 15 volto aqui pra contar como foi com a nutricionista. Agora saiam da frente do computador e vão comer um pedaço de pão com requeijão bem gordo com Nescau com um brownie de sobremesa por mim ;)
Há um trecho atribuído a Victor Hugo em que lemos:
“A mulher partiu o pão em dois pedaços e os deu aos filhos, que comeram avidamente. ‘Ela não guardou nada para si mesma’, resmungou o sargento.
‘É porque não está com fome’, disse um soldado.
‘Não’, replicou o sargento, ‘é porque ela é mãe’.”
No ano em que celebramos a fé e a coragem daqueles que empreenderam a árdua jornada através dos estados de Iowa, Nebraska e Wyoming, gostaria de prestar homenagem às mães de nossos dias, que são a versão moderna daquelas mães pioneiras, que cuidaram de seus filhos, oraram por eles e tão freqüentemente os enterraram ao longo do caminho. Mas ao fazer esse elogio, sei que existem muitas mulheres ouvindo minhas palavras que anseiam em ser mães mas não o são. Nós, Autoridades Gerais, estamos plenamente cientes de sua condição. Em meio às lágrimas que vocês e nós temos vertido por esse motivo, quero dizer-lhes que Deus irá, algum dia no futuro, dar-lhes “paz ao coração”. 1 Conforme ensinado neste púlpito diversas vezes por profetas, “nenhuma bênção será negada” aos fiéis, ainda que não sejam concedidas imediatamente. 2 Neste ínterim, rejubilemo-nos pois a oportunidade de educar filhos não se resume aos que sejam de nosso próprio sangue.
Falo das mães, mas não menosprezo o papel fundamental e indispensável do pai, em especial nesta época em que a falta do pai nos lares modernos está sendo considerada por alguns “o principal problema social de nossos dias”. 3 De fato, a ausência do pai no lar pode ser um problema até mesmo nos lares em que o pai está fisicamente presente, porém, distante em pensamento e espírito. Essa, porém, é uma mensagem do sacerdócio que ficará para outro dia. Gostaria, hoje, de louvar as mães que acalentaram seus filhos, que os educaram em retidão e são a parte central do plano de Deus para nós na mortalidade.
Cito as palavras de Paulo, que escreveu a Timóteo elogiando-lhe “a fé não fingida ( . . . ) a qual habitou primeiro”, disse ele, “em tua avó Lóide, e em tua mãe Eunice”. 4 “E que desde a tua meninice”, disse Paulo, “sabes as sagradas Escrituras.” 5 Agradecemos a todas as mães e avós que ensinaram essas verdades a seus filhos e netos desde a mais tenra idade.
Falando às mães em geral, quero em especial elogiar e encorajar as mães jovens. O trabalho da mãe é muito difícil e freqüentemente pouco reconhecido. Geralmente o casal terá que cuidar dos filhos pequenos numa época em que o marido ou a mulher, ou ambos, ainda está freqüentando a escola ou quando o marido está no início da carreira profissional, ainda aprendendo a sustentar a família. As condições financeiras costumam variar diariamente entre pouco dinheiro e dinheiro nenhum. O apartamento geralmente é decorado num destes dois estilos elegantes: provinciano das Lojas Deseret ou despojado de móveis. O carro, se houver, tem pneus carecas e o tanque vazio. Mas tendo que acordar várias vezes à noite para alimentar ou acalentar o bebê, o maior desafio de toda mãe jovem é simplesmente o cansaço. Durante esses anos, a mãe precisa fazer mais, dormindo menos, e doar mais de si mesma com menos benefício pessoal do que qualquer grupo de pessoas que conheço em qualquer época da vida. Não é de se admirar que tenham olheiras tão profundas.
A ironia de tudo isso é que muitas vezes essa é justamente a irmã que desejamos chamar — ou precisamos chamar — para trabalhar na ala e nas auxiliares da estaca. Isso é compreensível. Quem não gostaria de contar com o exemplo dessas jovens Lóides e Eunices? Sejam sábios. Lembrem-se de que a família é nossa mais alta prioridade, especialmente nesses anos de formação do caráter dos filhos. Mesmo assim, as mães jovens ainda terão maravilhosas oportunidades de servir diligentemente na Igreja, enquanto outros estarão empenhados em servi-las e fortalecê-las — e sua família — de maneira semelhante.
Façam o melhor possível durante esses anos, mas seja o que for que fizerem, desfrutem intensamente esse papel que é unicamente de vocês, e pelo qual até mesmo os céus enviam anjos para zelarem por vocês e seus pequeninos. Maridos — especialmente os maridos — assim como os líderes da Igreja e todos os amigos, sejam prestativos, atenciosos e sensatos. Lembrem-se de que “tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu”. 6
Mães, reconhecemos e estimamos sua “fé a cada passo”. Saibam que criar os filhos é algo que valeu todo o esforço feito no passado, hoje em dia e para sempre. Se por qualquer motivo estiverem fazendo esse corajoso esforço sozinhas, sem o marido a seu lado, saibam então que nossas orações por vocês serão ainda mais fervorosas e mais resoluta nossa determinação de estender a mão para ajudá-las.
Uma jovem mãe escreveu-me recentemente que sua ansiedade geralmente se originava de três fontes. Primeiro: Sempre que ouvia discursos a respeito das mães SUD, ela geralmente preocupava-se porque não se sentia à altura da tarefa ou porque de alguma forma não estava correspondendo ao chamado. Em segundo lugar: Sentia que o mundo esperava que ela ensinasse a seus filhos a ler e escrever, assim como decoração de interiores, latim, cálculo e a como utilizar a Internet, tudo isso antes de o bebê dizer algo extremamente comum como “gugu”. Terceiro: Ela geralmente sentia que as pessoas a subestimavam, quase sempre sem intenção, porque os conselhos dados e até mesmo os cumprimentos que recebia nunca pareciam levar em consideração todo o exercício mental, o esforço espiritual e emocional, as longas noites e dias e as tarefas extenuantes normalmente exigidas daquelas que procuram e desejam ser a mãe que Deus espera que sejam. Mas uma coisa, disse ela, fazia com que prosseguisse adiante: “Apesar de todos os altos e baixos e das lágrimas ocasionais, sei do fundo do coração que estou fazendo o trabalho de Deus. Sei que em meu papel de mãe sou Sua sócia eterna. Sinto-me profundamente tocada por saber que Deus considera Seu mais importante propósito e objetivo o fato de ser Pai, mesmo que alguns de Seus filhos O façam chorar”.
“É esse entendimento”, diz ela, “que procuro lembrar naqueles inevitáveis dias difíceis em que tudo parece ser maior que nossa capacidade de suportar. Talvez seja precisamente esse nosso sentimento de incapacidade e ansiedade que nos faça procurar o Senhor, aumentando Sua capacidade de influenciar-nos. Talvez, Ele secretamente espere que nos sintamos ansiosas e oremos pedindo Sua ajuda. Então, creio eu, Ele poderá ensinar Seus filhos diretamente, por nosso intermédio, mas sem nenhuma resistência de nossa parte. Gosto dessa idéia”, conclui ela. “ Ela me dá esperança. Se eu for digna perante meu Pai Celestial, talvez Sua orientação a nossos filhos seja transmitida sem empecilhos. Talvez então esta venha a ser, literalmente, a Sua obra e Sua glória.” 7
À luz desse tipo de declaração, torna-se evidente que algumas daquelas grandes olheiras não foram provocadas unicamente pela troca de fraldas e por levar as crianças para a escola, mas por, pelo menos, algumas noites insones examinando as motivações e os sentimentos, procurando sinceramente desenvolver a capacidade de criar esses filhos para que venham a ser o que Deus espera deles. Emocionado por esse tipo de devoção e determinação, quero dizer às mães coletivamente, em nome do Senhor, que vocês são extraordinárias. Estão saindo-se muitíssimo bem. O próprio fato de terem recebido essa responsabilidade é a eterna prova da confiança que seu Pai Celestial deposita em vocês. Ele sabe que dar à luz uma criança não as transforma da noite para o dia em seres oniscientes. Se cada uma de vocês e seu marido esforçarem-se em amar a Deus e viver o evangelho; se orarem pedindo orientação e o consolo do Espírito Santo prometido aos fiéis; se forem ao templo tanto para fazer e reivindicar as promessas dos mais sagrados convênios que um homem ou mulher pode fazer neste mundo; se demonstrarem em seu relacionamento com os outros, incluindo seus filhos, que têm o mesmo coração compassivo, clemente e atencioso que desejam que os céus tenham para com vocês; se tentarem fazer o melhor possível para serem os melhores pais que puderem ser, terão feito tudo o que um ser humano é capaz de fazer e tudo o que Deus espera que façam.
Às vezes, a decisão de um filho ou neto irá partir-lhes o coração. Algumas expectativas não serão imediatamente alcançadas. Toda mãe e pai preocupa-se com isso. Até mesmo o pai amado e muito bem sucedido que foi o Presidente Joseph F. Smith implorou: “Oh! Deus não permita que eu perca os meus”. Esse é o clamor de todos os pais e revela parte do temor de todos os pais. Mas ninguém terá fracassado se continuar tentando e orando. Vocês têm todo o direito de serem encorajadas e saberem que no final seus filhos honrarão seu nome, tal como o de gerações de seus antepassados que esperaram pelas mesmas coisas e tiveram os mesmos temores.
Vocês contam com a grande herança de Eva, mãe de toda a família humana, aquela que compreendeu que ela e Adão precisavam cair para que “os homens [e as mulheres] existissem” 9 e que haveria alegria. Vocês possuem a grande herança de Sara e Rebeca e Raquel, sem as quais não teria havido aquelas magníficas promessas patriarcais a Abraão, Isaque e Jacó que nos abençoam a todos. Possuem a grande herança de Lóide e Eunice e das mães dos 2.000 jovens guerreiros. Possuem a grande herança de Maria, que foi escolhida e pré-ordenada antes do início do mundo para conceber e criar o próprio Filho de Deus. Agradecemos a todas vocês, incluindo nossas próprias mães, e dizemos que não há nada mais importante neste mundo do que participar de modo tão direto da obra e glória de Deus em proporcionar a mortalidade e a vida terrena a Seus filhos e filhas, de modo que a imortalidade e a vida eterna possam acontecer nas mansões celestiais.
Quando vocês procurarem o Senhor com humildade e mansidão e, como disse certa mãe, “esmurrarem a porta dos céus para pedir, implorar e exigir orientação e sabedoria para ajudá-las nessa imensa tarefa”, a porta será escancarada para prover-lhes a influência e o auxílio de toda a eternidade. Clamem pelas promessas do Salvador do mundo. Peçam o bálsamo da Expiação sempre que houver qualquer coisa que as esteja perturbando ou a seus filhos. Saibam que com fé todas as coisas serão endireitadas, apesar de vocês, ou melhor, por causa de vocês.
Não é possível fazerem tudo isso sozinhas, mas vocês têm ajuda. O Mestre do Céu e da Terra estará a seu lado para abençoá-las. Ele que, resolutamente, vai atrás da ovelha desgarrada, varre cuidadosamente a casa à procura da moeda perdida, espera eternamente pela volta do filho pródigo. Vocês estão realizando o trabalho de salvação e portanto serão magnificadas, recompensadas e tornar-se-ão melhores e mais capazes do que jamais foram ao procurarem fazer um esforço sincero, não importa quão débil ele lhes pareça algumas vezes.
Lembrem-se todos os dias de que “não haveríeis chegado até esse ponto se não fosse pela palavra de Cristo, com fé inabalável nele, confiando plenamente nos méritos daquele que é poderoso para salvar”. 10
Confiem Nele. Confiem realmente Nele. Confiem Nele para sempre. E “[prossigam] com firmeza em Cristo, tendo um perfeito esplendor de esperança”. 11 Vocês estão fazendo o trabalho de Deus. Estão realizando um trabalho excelente. Ele está abençoando-as e irá abençoá-las, mesmo — ou melhor, especialmente — quando seus dias e suas noites forem os mais difíceis. Como a mulher que anônima e humildemente, talvez mesmo com hesitação e vergonha, abriu caminho em meio à multidão para apenas tocar a orla da roupa do Mestre, da mesma forma Cristo dirá às mulheres que se preocupam ou se maravilham e que, às vezes, choram por causa das responsabilidades de serem mães: “Tem ânimo, filha, a tua fé te salvou”. 12 E salvará seus filhos também.
No santo e sagrado nome do Senhor Jesus Cristo. Amém.